Então, mas o que é esse tal de Ad Blindness e que diferença isso faz? Pois bem, é algo de extrema importância, principalmente para quem trabalha com propaganda, já que isso pode afetar o desempenho de campanhas, principalmente de links patrocinados.
O que levou a se falar no assunto, atualmente alarmante, foi uma pesquisa especializada desenvolvida pela GooCreate em 2015 que chamava a atenção de profissionais de marketing e propaganda por prever algo que se concretizou e já ganha grande escala em 2018.
Isso se trata da constatação de que os usuários entre 18 e 34 anos, quando conectados à internet, tendem a ignorar ainda mais os anúncios digitais do que os físicos.
Por mais estranho que pareça, atribui-se isso à excessiva exposição de anúncios de links patrocinados ao quais são expostos diariamente.
Mas, por que isso ocorre?
Então, se trata de uma blindagem própria da mente humana, que ‘’filtra’’ o conteúdo a ser assimilado pela pessoa. Funciona praticamente como uma anestesia ao que não parece relevante ao nosso cérebro, por isso, já é logo descartado ao invés de ser processado.
Portanto, Ad Blindness é a capacidade de ignorar os anúncios de links patrocinados, naturalmente, sem nem perceber sua presença, independente de ser um banner, link patrocinado no resultado das buscas do Google ou qualquer outro formato. E, isso é desastroso para empresas que apostam nisso como única forma de atingir seu público-alvo.
E como isso surgiu?
Nosso cérebro funciona como uma máquina muito complexa e poderosa. Assim, diante de alguns determinados contextos ela tem a capacidade de discernir informações, se readaptar, reprogramar a fim de que tenhamos uma experiência mais agradável, tolerável e relevante.
Com o excesso de informação ao qual somos bombardeados a cada segundo, principalmente no meio digital, é basicamente impossível processar tudo, pois nossa mente tem suas limitações. Por isso, é como se nosso cérebro ativasse o modo ‘’atenção seletiva’’, dando importância apenas para o que decide como relevante, o que muitas vezes deixa de fora os anúncios.
Isso é uma característica humana: a capacidade de focar. Entretanto, focar quer dizer também excluir uma parte das informações que não estão contidas dentro do que está sendo focado. E, isso ocorre naturalmente, sem que percebamos conscientemente que nossa mente está fazendo esse trabalho por nós.
O que é capaz de nos chamar atenção, então?
Normalmente, são coisas nas quais enxergamos algum valor, que possuem certo grau de relevância. Assim, por haver esse excesso de mensagens que impactam milhares de usuários com muita frequência, criou-se uma apatia a elas.
Em um levantamento de dados da Infolinks destacou que usuários são impactados por quase 2 mil banners na internet mensalmente. No começo podia até funcionar a tática, mas agora, é ‘’mais do mesmo’’ e por isso perdeu sua relevância, saindo do nosso foco e criando assim Ad Blindness.
E, como vencer esse bloqueio mental?
O primeiro passo é entender por que ocorre essa cegueira perante anúncios e em seguida, tentar reconquistar esse público.
Pode parecer óbvio, mas é a falta de relevância que faz com que o anúncio passe desapercebido, como se nem existisse. Dessa maneira, deve-se fazer uma campanha de qualidade que seja selecionada pela nossa percepção como algo de valor.
O excesso também é algo que afeta o que enxergamos, então quanto maior for a quantidade, mais ficará retido no filtro da nossa percepção.
Portanto, recomenda-se que se atente mais para fatores como: estudar melhor o público-alvo, entendendo assim seus interesses e assim criar conteúdos relevantes, inéditos e originais – o que acarreta numa maior chance de conquistar essas pessoas.
Outra atitude também importante é relacionar as campanhas com conteúdos e páginas, estudar o mercado afim de realmente destacar o seu diferencial frente aos concorrentes e anunciar nos lugares certos, sem se tornar invasivo ou incômodo.
Ainda, é de extrema importância acompanhar as métricas de desempenho para aplicar otimizações e assim progredir, por criar uma experiência cada vez melhor para os clientes, tanto os potenciais como os reais.
E, então? Pronto para sair do ponto cego e crescer em relevância?