Nos últimos meses, a classe artística do mundo inteiro observou com descontentamento o avanço de programas que permitem criar imagens através da Inteligência Artificial.
Criar imagens artísticas não é para qualquer um, é um processo que exige tempo, dedicação, conhecimento e muita habilidade. Entretanto, o uso de Inteligência Artificial pode tornar esse processo mais simples, pois ela permite criar imagens originais a partir de comandos de textos e é abastecida por um banco de dados amplo, composto por imagens pré-existentes, que ajudam no treinamento do sistema para associar os textos a determinadas imagens. A ferramenta é intuitiva, possui comandos simples e alguns deles até são sugeridos pelo próprio sistema.
Muitos artistas começaram a indagar se este tipo de imagem pode ser considerada arte ou não. Além disso, o uso dessa tecnologia, não só na criação de imagens, mas também de músicas, abriu margem para uma polêmica: a propriedade intelectual. Isso acontece porque, ao se comercializar arte, é criada a ideia de propriedade intelectual.
Uma solução para esse problema seria que essas Inteligências Artificiais estivessem amparadas por sistemas que permitissem identificar exatamente quais foram os trabalhos prévios usados e o quanto daquela criação é original, e assim gerar uma remuneração justa.
Esses projetos são muito interessantes e há um grande potencial de projetos com a Inteligência Artificial servindo como um ponto de partida para a criação de imagens sem a necessidade de iniciar o processo todo do zero. No entanto, essa área está passando por um processo de ajustamento, pois o maior empecilho da criatividade por meio da Inteligência Artificial tem sido a parte jurídica.
Levando em consideração esses aspectos, não há necessidade de ter medo de que as máquinas vão substituir os seres humanos, mas é inegável que a Inteligência Artificial veio para ficar.