O modelo tradicional de sala de aula está cada vez mais distante da realidade dos estudantes. Enquanto as instituições de ensino lutam para acompanhar os avanços tecnológicos, a nova geração de estudantes hipercognitivos está mergulhada na era digital.
A pandemia acelerou ainda mais a digitalização na educação, e o Ensino a Distância (EAD) se tornou uma necessidade. Antes da pandemia, a preferência pelo modelo presencial era predominante, mas agora, a maioria dos estudantes vê no modelo a distância uma opção melhor. A flexibilidade de horários, o preço mais acessível e a ausência de barreiras geográficas são alguns dos benefícios que atraem os alunos para o EAD. Dados de uma pesquisa feita pelo Google com a Educa Insights mostram que, em 2017, 81% dos estudantes preferiam o modelo presencial, mas em 2021 o cenário se inverteu e 78% disseram que o modelo a distância era melhor.
Com isso, surgiu uma nova geração de estudantes hipercognitivos, capazes de absorver grandes quantidades de informação, utilizar simultaneamente diversos dispositivos e lidar com problemas complexos. Esses estudantes transitam facilmente entre o mundo online e offline e, segundo a pesquisa do Google Survey, 52% deles utilizam pelo menos três fontes distintas para estudar, estando o YouTube, aplicativos e a Busca entre elas.
A pesquisa do Google com a Educa Insights ainda mostra que os futuros estudantes preferem aulas com alguma carga a distância. Os cursos livres são os mais procurados, seguidos por idiomas, graduação e pós-graduação. Essa demanda diversificada abre possibilidades para as marcas de educação criarem conexões com os estudantes em diferentes plataformas.
O YouTube, por exemplo, é um dos principais territórios de conteúdo educacional. Os 50 maiores canais do YouTube Edu têm mais de 130 milhões de inscrições, e há mais de 80 mil canais com conteúdos acadêmicos. Além disso, soluções baseadas em inteligência artificial, como o PMax, podem garantir que a mensagem da marca chegue aos estudantes no momento certo.
O celular também desempenha um papel importante nessa nova realidade. Uma pesquisa do Google mostrou que 80% dos alunos utilizam o dispositivo para estudar e 69% o fazem por meio de aplicativos. Por isso, investir no desenvolvimento de apps, priorizar campanhas de app e criar uma jornada mais integrada com o auxílio do Web to App Connect são estratégias que podem ser adotadas pelas marcas.
A Busca também é um território a ser explorado. As buscas por educação no celular aumentaram, e campanhas de pesquisa podem ser eficientes para alcançar aqueles que procuram por cursos e instituições. Dados do Google apontam que em 2023 todas as categorias de ensino (graduação, pós-graduação, semipresencial, EAD e cursos rápidos) tiveram uma alta na procura no primeiro trimestre e 70% das buscas pelo mercado de educação aconteceram no celular.
Compreender essa nova geração de estudantes hipercognitivos e se comunicar com eles de forma eficiente ao longo de toda a jornada de aprendizado é essencial para as marcas de educação. Em vez de resistir aos avanços tecnológicos, é importante abraçá-los e aproveitar as oportunidades que eles oferecem. O mercado de trabalho está cada vez mais exigente, e as marcas que já possuem uma presença online consolidada sairão na frente. A tecnologia já está presente na vida dos estudantes, sendo utilizada como uma ferramenta poderosa para democratizar o aprendizado. Agora, cabe às instituições de ensino e marcas de educação aproveitar esse potencial e se adaptar às demandas dessa nova geração de estudantes.